Citação: Jane Austen – Persuasão

Uma das minhas passagens preferidas do livro, que revisitei hoje.


10 Comentários on “Citação: Jane Austen – Persuasão”

  1. Ester disse:

    e é nessa que Anne ganha aquele coração que é mais delado que quando o despedaçou a oito anos atras, mas que até intão,com medo de ser esmagado de novo,se mantinha em reserva.

    na boa quando ela começa a ler a cartase eu tivesse problema de coração….. eu sertamente não poderia estar escrevendo agora.
    estaria mortinha da silva.

  2. Luciana disse:

    Jane Austen é realmente atemporal. Não tem como não se apaixonar pelo livro “Persuasão”.

  3. Elaine da Silva Santana disse:

    Citação muito digna! Isso lembrou uma conversa que tive ontem com um amigo, sobre como os homens enxergam o amor, como amam e como, ao perceber que a relação saiu realmente dos trilhos, seguem a com vida e pulam do barco com menos dificuldade que as mulheres. Eu começo a achar que é um problema cultural (de criação e imagem construída da mulher, até porque historicamente falando, a mulher sempre perdeu bem mais com relações amorosas rompidas – noivados, casamentos, etc); já ele argumentou que era problema dos hormônios. Pareceu quase um fado feminino. 😡

    • Hormônios?? Isso é praticamente um insulto! Coisa típica de machista. A verdade é que as mulheres amam com mais intensidade que os homens, se é que essas criaturas realmente são capazes de ‘amar’ alguém que não sejam a si próprios. Relacionamento para os homens tem mais a ver com atração sexual e sexo do que qualquer outra coisa. Por isso é tão fácil seguirem em frente, é só acharem um corpinho para correrem atrás que pronto, tá tudo bem.
      Trabalho num ambiente em que 95% dos funcionários são homens, e já ouvi cada coisa que me faz a cada dia perder o pouco da fé que tenho na raça masculina. Pelo jeito vou morrer que nem a Jane Austen, solteirona.

      • Elaine da Silva Santana disse:

        Também não acredito nisso de hormônios. Acho que qualquer ser humano tem cabeça e coração pra ponderar impulsos primários. Seja homem ou mulher, acho que nada justifica ficar cedendo a desejos sexuais para depois tratar o próximo como objeto, exceto escassez séria carência de caráter.

        Minha mãe trabalha num ambiente como o seu, e já me veio com discursos do tipo “não exija fidelidade de um homem, se ele pôr as coisas dentro de casa e te dar atenção já está bom”; em dias mais leves ela pondera com algo do tipo “ah, pelo que os rapazes do trabalho comentam entre si, buscam amantes por causa de algum problema em casa, alguma falta no casamento”… Eu julgo que eles sejam então bem desinteressados em se esforçar e investir tempo para resolver essas faltas. E apelam pro mais fácil, que são as terceiras pessoas para ‘aliviar’ qualquer necessidade e experimentar algo emocionante.

        Novamente voltamos à fraqueza de caráter, covardia (revestida com o nome de “praticidade”), falta de respeito pelo próximo e indisposição de cultivar algo mais profundo e espiritual. :/

  4. Elaine da Silva Santana disse:

    AH! Isso me lembrou um livro ótimo sobre esse assunto de relacionamentos (só que pós-modernos), não sei se conhece, mas pra mim foi novidade. Se chama Amor Líquido, do sociólogo Zygmunt Bauman.

    Deixo aqui um trechinho do prefácio que eu adorei.

    “O principal herói desse livro é o relacionamento humano. Seus personagens centrais são homens e mulheres, nossos contemporâneos, desesperados por terem sido abandonados aos seus próprios sentidos e sentimentos facilmente descartáveis, ansiando pela segurança do convívio e pela mão amiga com que possam contar num momento de aflição, desesperados por ‘relacionar-se’. E no entanto desconfiados da condição de ‘estar ligado’, em particular de estar ligado ‘permanentemente’, para não dizer eternamente, pois temem que tal condição possa trazer encargos e tensões que eles não consideram aptos nem dispostos a suportar, e que podem limitar severamente a liberdade de que necessitam para – sim, seu palpite está certo – relacionar-se…

    Em nosso mundo de furiosa ‘individualização’, os relacionamentos são bençãos ambíguas. Oscilam entre o sonho e o pesadelo, e não há como determinar quando um se transforma no outro.” (p. 8)

    • Márcia disse:

      parece bem interessante este livro Ester, nos dia atuais o individualismo impera!! sou educadora e trabalho com diferentes séries e idades e na minha experiência vejo que as crianças, os adolescentes e os jovens não conseguem se relacionar de forma sadia, até mesmo socializar… e isso se reflete, é óbvio na fase adulta, por mais incrível que pareça conheço rapazes com atitudes tão machistas e meninas que não se valorizam, sempre tem o apelo sexual, sem contar a influência da mídia, com suas músicas da moda, onde a mulher é tratada como objeto mesmo (inclui-se funk, sertanejo e dançantes)
      assim criamos pessoas incapazes de ter o mínimo de tolerância, em todos os sentidos, que dirá o resto como compromisso, respeito e amor!!!
      vejam um exemplo: não assisto novela, mas estes dias pude observar o comportamento da menina funkeira da novela, pois uma aluna minha chegou dizendo: Prof., prá que estudar? vou ser funkeira igual a fulana (não lembro o nome), mulher fruta ou quem sabe engravidar de um jogador de futebol… Terrível não?

      beijos

  5. Elaine Santana disse:

    Pois é, Márcia! Por essas e outras começo a achar que o problema é educacional/cultural. Gera-se pessoas incapazes de investir e respeitar o outro, e daí criam-se 300 teorias para justificar que são motivações biológicas, emocionais ou sei lá o quê. Quando a razão poderia ser mais simples: como a imagem na mulher na sociedade que é perpetuada e reproduzida por meninos e meninas.

    Eu acho que todos são seres humanos, logo deveriam ser capazes da mesma capacidade de amar, mas socialmente falando o homem sempre foi educado para que fosse mais simples pra ele largar o barco – por vezes a única coisa negativa é pagar pensão mesmo, no caso dos casados; ou só não ligar pra a garota, no caso dos solteiros. Nenhuma modificação tão grande.
    E pra a mulher, a imagem que vende bastante é de que ela precisa de um companheiro, por tanto, chore por não tê-lo. Ou de que se o tem, que o ‘amarre’, por tanto, dê pitis e fique em paranóias com as chances dele te trocar, pois se o namoro der errado você morre; ou ainda de que você fala o seu corpo, e por tanto o número de homens que consegue deixar ‘loucos’ por você (claro, também acho que há suas vantagens em ser mulher, você ganha a chance de poder ter sentimentos mais profundos sem ser chamada de ‘que otário, parte pra outra’, como alguns homens de sentimento devem ouvir os colegas fanfarrões).

    Por isso admiro tanto Anne quanto o capitão, ou ainda o sr. Darcy e o Coronel Brandon. Foram mais firmes em suas escolhas amorosas, e com a ajudinha da Austen guiando o destino deles, triunfaram. Acho que também se explica porque, além de ser um romance, a sociedade daquela época ter uma outra visão de família, e por conseqüência pessoas de compromisso mais sério com sua palavra, relacionamentos e opções, pelo menos bem mais que nos tempos líquidos de hoje.

  6. Tainara Reis disse:

    Já procurei de me acabar este filme rsrs…mas só o encontrei legendando e em partes…oun…se alguém souber aonde posso encontrá-lo me passem por ‘favorzin’…rsrs…Bye’.


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