Feliz Ano Novo?

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.”

Carlos Drummond de Andrade
Correndo o risco de parecer rabugenta, vou finalmente afirmar… EU ODEIO FESTAS DE FINAL DE ANO, principalmente o Ano Novo. Eu ponho a melhor cara feliz que eu consigo, e tento fazer jus à boa educação que a minha mãe me deu, desejando feliz ano novo para cada alma que passa na minha frente nessa época do ano. Mas a realidade é que eu não acredito em ano novo, assim como não acredito em Papai Noel. Ano Novo é apenas uma mudança de calendário, nada mais que isso.

Desde a minha rebeldia da adolescência eu digo que eu queria poder passar pelo menos um ano novo como eu gostaria, isto é, sossegada no meu canto, lendo um livro, vendo um filme. Mas não… é impossível! Passar a virada do ano da maneira como eu ambiciono é considerado por todo mundo como sendo deprimente, porque o resto do mundo está comemorando eu tenho que comemorar também!

E as simpatias… calcinha nova, roupa branca, comer lentilha, pular onda e sei lá mais o que… Quem faz, nada contra, mas eu me recuso a entrar nessa onda. Teve um ano que eu passei vestida de preto, e meia dúzia de parentes me olharam como se eu tivesse vestindo algo indecente. Esse ano vai ser preto de novo, e não… eu não comprei calcinha nova. Eu acho que o povo comemora mais para ter um motivo para fazer uma festa, mas acima de tudo o começo de um novo ano é motivo para renovar as esperanças. Perdeu o emprego, ficou doente, brigou com alguém? Não importa, no ano que vem tudo vai melhorar… Ah, se fosse assim tão fácil! Como diz aquela citação: “Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos.”

Um ‘Ano Novo’ pode começar a qualquer momento, não é necessário esperar a meia noite do dia 31 de Dezembro de cada ano para mudar as coisas que precisam ser mudadas na nossa vida, e nem para dizer para as pessoas que a gente ama tudo de bom que desejamos para elas.

Mesmo assim, como manda a etiqueta desejo um Feliz 2011 para todos…


José Saramago

“Se não houvesse tristeza nem miséria, se em todo lugar corressem águas sobre as pedras, se cantassem aves, a vida podia ser apenas estar sentado na erva, segurar um malmequer e não lhe arrancar as pétalas, por serem já sabidas as repostas, ou por serem estas de tão pouca importância, que descobrí-las não valeria a vida duma flor.”


Sylvia Plath

“E quando finalmente você encontra alguém a quem sente poder derramar sua alma, você pára, em choque, sem palavras – estão tão enferrujadas, tão feias, tão sem sentido e frágeis, por terem sido guardadas no escuro, pequenas, sufocadas dentro de você por tanto tempo.”


Nietzche

“…a Alegria não tem nenhuma necessidade de herdeiros ou filhos – a Alegria quer a si mesma, quer a eternidade, a repetição das mesmas coisas, quer que tudo permaneça eternamente igual”. Friedrich Nietzsche



Orgulho & Preconceito & Zumbis

O livro de Jane Austen “Orgulho e Preconceito”, de 1813, é considerado um dos grandes romances da língua inglesa, já “Orgulho e Preconceito e Zumbis” diz em sua contracapa ter o objetivo de “transformar esse clássico da literatura mundial em algo que você gostaria de ler”. Esta sátira mantém intacto cerca de 85% do texto original de Jane Austen, modificando apenas o bastante para que a história se passe em meio a uma violenta praga de mortos-vivos pela Inglaterra.

Oh Deus…  O que dizer sobre isso? Estou odiando cada vez mais, e me odiando por ter gasto R$ 30,00 para comprar esse livro. Era para ser engraçado??? Porque eu não achei graça em nada até agora. Ok, talvez zumbis comedores de cérebro não seja meu assunto preferido, mas eu achei que talvez misturado com uma história que eu amo tanto fosse ser divertido. É horrível, coitada da Jane Austen deve estar se revirando no túmulo. E esse cara que ‘escreveu’ o livro na minha opinião é um baita preguiçoso que não tem capacidade de escrever algo com as suas próprias idéias, já que  85% do livro é do texto original da Jane Austen, e ele só teve que adicionar um zumbi aqui e ali.

Elizabeth Bennet uma guerreira sanguinária que arranca cabeças de zumbis? I don’t think so…. é acima da minha capacidade de entendimento sequer tentar imaginar como alguém que goste da história original vá gostar do que fizeram com ela. Tem algumas coisas tão idiotas, como dizer que as irmãs Bennets foram treinadas na china por um mestre de artes marciais, era para rir do ridículo, mas nem isso eu consegui. E todas aquelas menções à cérebros devorados, corpos em decomposição e vômito?  E pensar que rolam boatos de que vão fazer um filme baseado no livro… ao qual sem dúvida eu vou assistir só pra matar a curiosidade (inevitável!).  Tem mais uma pérola chamada “Razão & Sensibilidade & Monstros do Mar” que acho que é do mesmo preguiçoso, acho que nem foi publicada em português ainda, mas de maneira alguma vou gastar meu dinheirinho para conferir esse.


Mr. Darcy’s Diary – Amanda Grange

A mesma história de Orgulho e Preconceito, contada da perspectiva do Mr. Darcy nas páginas de um  ‘diario’.

Para as fãs de O&P e do maravilhoso Mr. Darcy é uma leitura indispensável… Antes mesmo de chegar a cópia do livro que eu comprei no site da livraria cultura eu não me aguentei e procurei o livro para download e consegui. Devo confessar que não é tudo aquilo que eu achei que seria, mas mesmo assim gostei. É que esse tipo de livro escrito em formato de diário é meio confuso às vezes. Quem escreve diálogos em diário? Eu não pelo menos.  Talvez tivesse sido melhor contar a história pela perspectiva dele e pronto, sem tentar fazer parecer um diário. Outra coisa que achei meio estranho, quando ele se refere ao primo Coronel Fitzwilliam, ele o chama de ‘Coronel Fitzwilliam’, e não pelo nome, mas será que eles não eram íntimos o suficiente para usarem os primeiros nomes? Apesar disso, eu consegui achar a leitura bem interessante, às vezes até engraçada. Além disso o livro oferece um pouco da visão do casamento dele com Elizabeth que eu gostei muito. Aliás, eu me considero uma órfã dos finais dos livros da Jane Austen, porque quando eu acabo de ler sempre fico me perguntando… ‘mas e depois?’ Pena que na época dela não era moda publicar os livros em série como é nos dias de hoje… Então tudo que venha a satisfazer essa necessidade é sempre bem vindo.  Não me arrependi de ter comprado o livro original, pois quero ter ele comigo para ler mais muitas vezes, assim como faço com Orgulho & Preconceito. Não foi publicado em português (grande novidade…) mas pelo que eu vi a comunidade Traduções de Livros do orkut está liberando aos poucos.

Comprei também Captain Wentworth Diary, que infelizmente não achei em lugar nenhum pra download, e esse ao que parece vai demorar muito ainda para chegar. Como é da mesma autora e também é um ‘diário’ pode ser que eu me decepcione um pouco como no do Mr. Darcy, mas ainda assim estou ansiosa para ler!

Sobre traduções.


Pemberley Variations – Abigail Reynolds

É uma série de livros que como o nome mesmo diz, são variações da história original de Orgulho e Preconceito. Na verdade não deixa de ser um tipo de fanfic, mas não achei de maneira alguma um trabalho amador. Pelo contrário, os livros são muito bons! Alguns deles são meio picantes, mas mesmo assim incrivelmente românticos. Li todos eles em pouco mais de uma semana. O melhor de todos é o que eu li primeiro ‘To Conquer Mr. Darcy’ também publicado com o nome ‘Impulsive & Initiative’ que eu já postei antes. Quase todos eles tem algum conteúdo erótico, com excessão de Mr. Darcy’s Obsession e From Lambton to Longbourn que são mais comportados. Particularmente eu gosto dos que tem um pouquinho de ‘tempero’.

* To Conquer Mr. Darcy – Impulsive & Initiative

E se … Ao invés de desaparecer da vida de Elizabeth Bennet, depois que ela recusou sua proposta de casamento, o Sr. Darcy tivesse ficado e tentado fazer ela mudar de idéia?

E se … Lizzy, quando ela começa a conhecer Darcy, acha-o inegavelmente atraente e seus impulsos vencem o seu senso de decoro?

E se … Loucamente apaixonados e mutuamente em fogo, sua paixão antecipa o casamento?
Em To Conquer Mr. Darcy, ao invés de evitar Elizabeth após a sua proposta de casamento malfadada, o Sr. Darcy segue-a de volta para Hertfordshire para provar para ela que ele é um homem mudado e digno de seu amor. E pouco a pouco, Elizabeth começa a achar o homem que ela achava que desprezava, irresistível …

* What Would Mr. Darcy Do? – From Lambton to Longbourn

Mas e se Darcy não tivesse imediatamente deixado a hospedaria de Lambton? E se Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy tivessem escolhido falar de seus sentimentos ao invés de assumir o pior sobre o outro?

Os amados personagens de Jane Austen são dados uma última oportunidade antes de eles se separam. Embora os seus caminhos à frente ainda são cheios de desventuras e enganos, é rico em humor, romance e sensualidade quando eles aprendem uns com o outro o significado do amor. Mas ainda há um escândalo que ameaça engolir a família Bennet, e Elizabeth não pode ter certeza que o amor de Darcy por ela pode resistir a um golpe como esse. Decidida a desistir de Darcy ao invés de arrastar o nome dele no meio da lama, Elizabeth terá que escolher por si mesma entre o que ela acredita que é certo e o que ela mais quer …

*Mr. Fitzwilliam Darcy – The Last Man in The World

E se … O último homem no mundo que ela pudesse ser levada a se casar … for o marido dela?
No Orgulho e Preconceito de Jane Austen, Elizabeth Bennet diz ao orgulhoso Mr. Fitzwilliam Darcy que ela não se casaria com ele se ele fosse o último homem no mundo.
Mas e se ela nunca dissesse essas palavras? E se as circunstâncias conspirassem para fazê-la aceitar Darcy da primeira vez que ele propôs?
Nesta edição Elizabeth concorda em casar com Darcy contra seu melhor juízo, desencadeando uma cadeia de eventos que quase traz desastre para ambos …

* By Force of Instinct

No clássico de Jane Austen Orgulho e Preconceito, Elizabeth Bennet nunca espera ver Mr. Darcy depois de sua proposta desastrosa em Hunsford. Mas e se negócios de família o obrigassem a ficar em Rosings depois de dar sua carta à ela? Estar cara a cara com Mr. Darcy apenas alguns dias depois poderia dar uma nova chance para Elizabeth compreendê-lo … ou a chance de ainda mais mal-entendidos.

* Without Reserve

O que teria acontecido se Fitzwilliam Darcy enfrentasse um verdadeiro rival pela afeição de Elizabeth Bennet? Em um retorno ao mundo de Jane Austen, o enredo de Orgulho e Preconceito toma um rumo diferente quando Elizabeth aceita a proposta de um amigo de infância antes que ela encontre Darcy novamente. Quando seus caminhos se cruzam, finalmente, Darcy deve decidir o que ele está disposto a fazer para conquistar a mulher que ele ama. Uma conclusão reconfortante para este conto animado traz satisfação a todos os queridos personagens de Jane Austen.

* Mr. Darcy’s Obsession

Quanto mais ele tenta ficar longe dela, mais a sua obsessão cresce …
E se … Elizabeth Bennet fosse mais inadequada para Mr. Darcy do que nunca …
Mr. Darcy está determinado a encontrar uma noiva mais adequada. Mas depois ele descobre que Elizabeth está vivendo em Londres em circunstâncias reduzidas, depois que a morte de seu pai a rouba da casa de sua família …
E se … Mr. Darcy não consegue evitar de procurar por ela …
Ele só quer ter certeza que ela está bem. Mas uma vez que a viu, ele se sente compelido a falar com ela, e de lá ele é incapaz de lutar contra o desejo avassalador de estar perto dela, ou a atração crescente mútua que existe entre eles …
E se … As intenções de Mr. Darcy fossem chocantemente desonrosas …


Mário Quintana

‘Minha vida não foi um romance…
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amar, não digas, que morro
De surpresa… de encanto… de medo…

Minha vida não foi um romance
Minha vida passou por passar
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.

Minha vida não foi um romance…
Pobre vida… passou sem enredo…
Glória a ti que me enches de vida
De surpresa, de encanto, de medo!

Minha vida não foi um romance…
Ai de mim… Já se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso.. de um gesto.. um olhar…

Mário Quintana


Sorri… Charles Chaplin

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

Charles Chaplin


North & South – Elizabeth Gaskell

Quem é fã de Jane Austen, com certeza vai gostar desse livro e dessa série. Eu assisti primeiro a série e fiquei encantada. Para começar as produções de época da BBC são impecáveis, e essa superou tudo que eu já havia assistido antes. Tem uma cena que se passa na fábrica do Mr. Thornton onde se vê centenas de máquinas funcionando e plumas de algodão pairando pelo ar como se fosse neve, simplesmente perfeito. Imagina o trabalho que deve ter dado remontar uma tecelagem de 200 anos atrás com essa perfeição! Isso sem falar nos trajes e locações.

Sou suspeita para falar quando o assunto são romances de época, porque adoro todos, mas este é um dos melhores que eu já vi. Na série o mocinho Mr. Thornton é interpretado pelo irresistível Richard Armitage, um ator bem desconhecido por aqui, mas que ficou simplesmente perfeito no papel. Aqueles olhares que ele dá para Margaret, ai Meu Deus… E como toda adaptação foram feitas algumas mudanças, mas nenhuma que tenha me deixado muito contrariada; algumas deixaram a história até mais romântica, como a cena em que ela vai se despedir dele depois da morte do pai, e ele fica olhando para ela da varanda dizendo baixinho: ‘Olhe para trás, olhe para mim…’ e ela não olha e vai embora.


O livro não foi oficialmente publicado em português, eu acredito, pois não achei em lugar nenhum para comprar nem para baixar. Tem um arquivo no 4shared que está em português, mas eu acho que está em português de Portugal porque me pareceu muito confuso. Fiquei sabendo que a editora Landmark vai publicar uma edição em português, até tem essa informação no site deles, mas tá demorando muito! Eu li o livro em inglês do jeito que deu, e cheguei a traduzir uma parte, mas desisti e resolvi esperar a publicação oficial. O maior problema para traduzir um livro desses são as expressões de época que não se encontra tradução que faça sentido, e nesse livro em particular, os diálogos que envolvem os trabalhadores das fábricas; eles falam numa espécie de gíria e comem metade das palavras “‘that yo’ put in, “so they think.” I’d ha’ thought yo’ a hypocrite, I’m afeard, if yo’ hadn’t, for all yo’r a parson, or rayther because yo’r a parson. Yo’ see, if yo’d spoken o’ religion as a thing that, if it was true” eu me confundia toda nessas partes.

Uma coisa que eu gostei mais desse livro é que a escritora sempre conta o que todos os personagens estão sentindo, não só a protagonista, coisa que Jane Austen não fez. E os pensamentos do Mr. Thornton quando ele olha para Margaret são de causar arrepios. O final da série e do livro são um pouco diferentes mas eu gostei das duas versões. Na série é claro que tem beijo no final, no livro não porque era considerado inapropriado naquela época.

Link para baixar a série (torrent+legenda): Norte e Sul

14/02/2011 – Notícia Boa!!! Finalmente saiu a nova edição em português/inglês pela editora Landmark. R$ 45,00 na livraria Cultura. Já pedi o meu!

Abaixo o final no livro, e o vídeo do final da série.

O Sr. Thornton não falou, e ela foi procurar por algum papel em que estava escrita a proposta por segurança, pois ela estava muito ansiosa para que tudo parecesse uma mera transação comercial, na qual a principal vantagem seria do lado dela. Enquanto ela procurava por este papel, as batidas do seu coração foram detidas pelo tom com o qual o Sr. Thornton falou. Sua voz era rouca e trêmula com tenra paixão, enquanto ele disse:

‘Margaret!’

Por um instante ela olhou para cima; e, em seguida, procurou esconder os olhos luminosos, baixando a testa nas mãos. Novamente, caminhando para perto dela, ele suplicou-a com outra trêmula e ansiosa chamada por seu nome.

‘Margaret!’

Ainda baixando a cabeça, mais perto foi escondido o rosto, quase repousando sobre a mesa à sua frente. Ele se aproximou dela. Ele se ajoelhou ao seu lado, para trazer seu rosto para o nível do ouvido dela; e sussurrou as palavras:

‘Cuidado, se você não falar, eu reclamarei você como minha em alguma estranha e presunçosa maneira. Me mande embora logo, se eu devo ir; Margaret!

À essa terceira chamada ela virou seu rosto, ainda coberto por suas pequenas mãos brancas, para ele, e colocou-o sobre os ombros dele, escondendo-o mesmo ali, e era muito delicioso sentir seu rosto macio contra o dele, para ele desejar ver ou os rubores profundos ou olhos amorosos. Ele abraçou-a perto. Mas ambos mantiveram silêncio. Finalmente, ela murmurou com uma voz quebrada:

‘Oh, Sr. Thornton, Eu não sou boa o bastante!’

‘Não é boa o bastante! Não deboche do meu próprio profundo sentimento de inferioridade.’

Depois de um minuto ou dois, ele gentilmente retirou suas mãos do rosto, e colocou os braços dela como uma vez antes tinham sido colocados para protegê-lo dos desordeiros.

‘Você se lembra, amor?’ Ele murmurou. ‘E como eu retribui você com a minha insolência no dia seguinte?’

‘Eu me lembro como eu falei indevidamente com você, só isso.’

‘Olhe aqui! Levante a sua cabeça. Eu tenho algo para mostrar!’ Ela lentamente encarou-o, brilhando com bonita vergonha.

‘Você conhece essas rosas?’ ele disse, retirando seu livro de bolso, no qual estavam guardadas algumas flores mortas.

‘Não!’ ela respondeu, com uma curiosidade inocente. ‘Eu as dei a você?’

‘Não! Vaidade; você não deu. Você pode ter usado rosas irmãs muito provavelmente.’

Ela olhou para elas, pensando por um minuto, então ela sorriu um pouco quando disse, ‘Elas são de Helstone, não são? Eu conheço as depressões profundas em volta das folhas. Oh! Você esteve lá? Quando você esteve lá?’

‘Eu quis ver o lugar onde Margaret cresceu para o que ela é, mesmo no pior momento de todos, quando eu não tinha esperanças de um dia chamá-la de minha. Eu fui lá no meu retorno de Havre.’

‘Você deve dá-las pra mim,’ disse ela, tentando tirá-las das mãos dele com gentil violência.

‘Muito bem. Só que você deve me pagar por elas!’

‘Como eu poderei contar à Tia Shaw?’ ela sussurrou, depois de algum tempo de silêncio delicioso.

‘Deixe-me falar com ela.’

‘Oh, não! Eu devo isso a ela, mas o que ela dirá?’

‘Eu posso adivinhar. Sua primeira exclamação será, “Aquele homem!”

‘Quieto!’ disse Margaret, ‘ou eu devo tentar mostrar à você os tons indignados da sua mãe quando ela disser, “Aquela mulher!”