Sorteio: Livro Primeiras Impressões

81AHSAq8FmL._AA1240_ Sei que ando sumida, mas sempre que posso dou uma olhadinha nos comentários. Mas hoje tenho novidade! Uma nova autora brasileira escreveu um livro inspirado em Orgulho e Preconceito e está oferecendo um livro para sorteio aqui no blog. Com a correria de fim de ano, ainda não tive tempo de preparar a resenha, mas pretendo publicar antes do resultado do sorteio.

Primeiras Impressões é uma adaptação moderna do clássico Orgulho e Preconceito de Jane Austen. O romance eterno de Lizzie e do Sr. Darcy é situado desta vez entre paisagens paradisíacas do Brasil e cenários surpreendentes dos Estados Unidos, em um relacionamento complexo entre uma carioca sarcástica e brilhante e um político americano de uma família conservadora.

O livro está a venda em ebook (kindle) na Amazon Brasil: http://www.amazon.com.br/Primeiras-Impress%C3%B5es-LRDO-ebook/dp/B00NG7ITE8 (quem tiver dúvida a respeito da comprar de ebooks na Amazon pode perguntar que eu respondo 🙂 )

E o livro impresso está a venda no site da Livraria Kiron: http://www.editorakiron.com.br/livraria/review/product/list/id/32050/category/12/

Para concorrer ao sorteio, basta deixar o nome completo e e-mail nos comentários do post. O sorteio ocorrerá dia 15/12/2014.

Meu exemplar já está na mão 😉

10685560_10205250887210415_275708924176531881_n

 


Death Comes to Pemberley – data de estréia

pride

Wickham, Mr. Darcy, Elizabeth e Lydia.

Serão três episódios de uma hora de duração e estreia no Natal pela BBC One na Inglaterra.

 

 


Sorteio de Livro – Undressing Mr. Darcy

Pessoal, para quem lê em inglês, a página All Things Jane Austen está sorteando duas cópias do livro “Undressing Mr. Darcy”, de Karen Doornebos. As regras para participar estão neste post da página, é só clicar lá e conferir: Undressing Mr. Darcy – Sorteio.

Boa sorte!

 

998306_685431224808035_1437968330_n

 

 


Mr. Darcy & Elizabeth em Death Comes to Pemberley

Eis o primeiro still de Matthew Rhys e Anna Maxwell Martin como Mr. Darcy e Elizabeth em Death Comes to Pemberley. A série não tem data certa de estreia ainda, mas será em 2014 na Inglaterra. O que acharam? Esteticamente eles não ainda não são Darcy e Elizabeth, acho que só vai acontecer assistindo a série.

Matthew Rhys e Anna Maxwell Martin como Mr. Darcy e Elizabeth em Death Comes to Pemberley

Matthew Rhys e Anna Maxwell Martin como Mr. Darcy e Elizabeth em Death Comes to Pemberley


Locações de Orgulho e Preconceito

Locações de Orgulho e Preconceito

Encontrei nesse tumblr: http://fuckyeahjaneites.tumblr.com

tumblr_mqmi0gG6al1sb6tumo2_500tumblr_mqmi0gG6al1sb6tumo3_500


Um novo Mr. Darcy no pedaço…

Tenho que confessar que não sou uma das janeites empolgadas com o “Lizzie Bennet Diaries” que está sendo postado no youtube já tem bastante tempo. Eu assisti ao primeiro e não me atraiu e deixei de lado, apesar de muitas amigas gostarem muito. Para quem não conhece, é uma série de vídeos curtos postados no youtube, em formato de vídeo-diário, contando uma versão moderna de Orgulho e Preconceito. Acho que a minha falta de empolgação é que até então o Darcy ainda não tinha aparecido… E agora que ele apareceu acho estou suficientemente motivada! Não posso dar minha opinião ainda pois não assisti a série (pretendo começar nesse fim de semana), esse Darcy não é um MM mas é bem agradável aos olhos…

Apresento o novo Mr. Darcy, Daniel Vincent Gordh:

A declaração:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Me me enviaram uma mensagem pedindo a série legendada e sei que está disponível no youtube com legendas em português, mas as legendas não aparecem no vídeo, mas no recurso de legendas abaixo do vídeo. Segue o link:

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Momento *suspiros* do dia: Nº 2

Não, eu não esqueci dele!


O&P – Comentário do Diretor

 

O ritmo fica mais lento em dois momentos, um no balanço e outro onde eles caminham em direção ao outro através dos campos ao amanhecer. Aquilo parecia vir de um filme diferente. Talvez eu fui indulgente. Eu amei essa cena. Ele parece adorável e a cena significa muito para mim, ver o seu destino caminhando em direção a você, eu queria que esse momento durasse por muito tempo. Ritmicamente, funcionou para mim. ”  Joe Wright – Diretor

Acho que o Joe Wright é um romântico como muitas de nós. Adorei essa declaração “ver o seu destino caminhando em direção a você“.

Fonte: Pemberley State of Mind


Orgulho e Preconceito – Documentário

Vocês já devem ter visto esse vídeo pois foi publicado em sites como o Jane Austen em Português  e o Jane Austen Brasil  essa semana e foi compartilhado entre muitas janeites no Facebook. Esse documentário de 1999 foi produzido pelo Discovery Civilization e faz parte de uma série chamada Great Books (Grandes Livros). A narração original é do Donald Sutherland (Mr. Bennet 2005) e conta com depoimentos da escritora Helen Fielding (O Diário de Bridget Jones) e da roteirista e diretora Nora Ephron.

Eu comecei a assistir mas parei logo. A voz que dubla o documentário é a mesma de outros programas do Discovery, em especial para mim um chamado O Índice da Maldade. Sim, eu não tenho apenas um gosto por romances do século passado, também gosto de coisas sinistras como esse documentário que traça perfis psicológicos dos mais famosos e cruéis assassinos dos últimos tempos e os classifica em escalas de perversidade. Bom, mas esse não é o assunto desse post, mas tive que comentar pois enquanto assistia ao documentário de O&P com aquela voz que me lembrava assassinatos sinistros, ficava todo o tempo esperando ele dizer que Darcy degolava Elizabeth… Revirei a internet atrás do vídeo com o áudio original, mas não tive sucesso, então me resignei a ver com a dublagem. Não me entendam mal, não estou reclamando, pois sei que para quem não entende inglês achar um documentário desses em português é um tesouro.

Apesar da série de 1995 já existir quando foi feito esse documentário (99), as imagens usadas são as do filme de 1940 e da série de 1980 e algumas com encenação própria. Eu não gosto muito de nenhuma dessas versões, mas como era um documentário não posso reclamar. Para quem nunca assistiu a série de 1980, tente não se assustar com aquele Darcy… 🙂

Ainda estou procurando o vídeo original, se eu achar postarei por aqui. Enquanto isso, se alguém tiver curiosidades sinistras como eu, segue o link para O Índice da Maldade

 


Como Jane Austen pode mudar sua vida

Uma amiga me mandou o link dessa coluna no facebook e achei que merece ser compartilhada. Quando eu li a referência sobre o filme é que fui notar a data de postagem, há mais de 6 anos atrás! Mas Jane Austen e Orgulho e Preconceito nunca deixam de ser atuais. Esse texto foi escrito por João Pereira Coutinho, e o original pode ser encontrado na Folha Online.

“Alain de Botton escreveu um livro sobre Proust para mudar todas as vidas. Bom negócio. Nos últimos tempos, tenho pensado em Jane Austen para mudar a minha. Corrijo. Tenho pensado em mim, no meu bolso e nas histórias de Miss Jane para mudar as vossas. Assim é que é.

Acontece quando um amigo (melhor: uma amiga) entra aqui em casa com lágrimas nos olhos. Problemas sentimentais, por favor, não façam caso. Fatalmente, tenho sempre dois objetos sobre a mesa: uma caixa de lenços de papel e, claro, uma cópia de “Orgulho e Preconceito”, o livro que Jane Austen publicou em 1813. Entrego o livro e, com palavras paternais, aconselho: Lê “Orgulho e Preconceito” e encontrarás a luz, meu amor.

Eles lêem e depois regressam, com a alma levantada, mais felizes que Mr. Scrooge ao descobrir que está vivo e é Natal. Inevitável. Jane Austen entendia mais sobre a natureza humana do que quilos e quilos de tratados filosóficos sobre a matéria.

Mas, primeiro, as apresentações: leitores, essa é Jane Austen, donzela inocente que nasceu virgem e morreu virgem. Jane, esses são os leitores (ligeira vênia). A biografia não oferece aventuras. Poderíamos acrescentar que morou com a família até ao fim. Que publicou os seus romances anonimamente, porque não era de bom tom uma mulher se entregar aos prazeres da literatura. E que suas obras, apesar de sucesso moderado, têm conhecido nos últimos anos um sucesso estrondoso e as mais díspares interpretações políticas, literárias, filosóficas, até econômicas. Já li textos sobre a importância das finanças na obra de Jane Austen. Sobre o vestuário. Sobre a decoração de interiores. Sobre os usos da ironia no discurso direto. Para não falar de filmes – mais de vinte – que os seus livros –apenas seis– suscitaram nos últimos tempos. O último “Orgulho e Preconceito” foi recentemente filmado no Reino Unido, com Keira Knightley (suspiros, suspiros) no papel principal. Vai aos Globos de Ouro. Provavelmente, aos Oscars também.

A loucura é total. Jane Austen mal sabia que, depois da morte, em 1817, o mundo acabaria por descobri-la e, sem maldade, usá-la e abusá-la tão completamente. Justo. Considero Jane Austen uma das maiores escritoras de sempre. Incluo os machos na corrida. Sem Austen, seria impensável encontrar Saki, Beerbohm ou Wodehouse. Miss Jane é mãe de todos.

E “Orgulho e Preconceito”? “Orgulho e Preconceito” tem eficácia garantida para males de amor. Vocês conhecem a história: Elizabeth, filha dos Bennet, classe média com riqueza nos negócios (quel horreur!), conhece Darcy, aristocrata pedante. Ela não gosta da soberba dele. Ele começa por desprezar a condição dela –social, física– no primeiro baile onde se encontram. Com o tempo, tudo se altera. Darcy apaixona-se por Elizabeth. Elizabeth resiste, alimentada ainda pelas primeiras impressões sobre Darcy. Darcy declara-se a Elizabeth, sem baixar a guarda do preconceito social. Elizabeth não perdoa o preconceito de Darcy e, ferida no orgulho, recusa os avanços. Darcy vai ao “Faustão”. Não, invento. Darcy lambe as feridas e afasta-se. Mas tudo está bem quando termina bem: Darcy e Elizabeth, depois das primeiras tempestades, estão condenados ao amor conjugal. Aplausos. The end.

As consciências feministas, ou progressistas, sempre amaram a atitude de Elizabeth: nariz alto, opiniões fortes, capaz de vergar Darcy e o seu preconceito aristocrático. Elizabeth seria uma espécie de Julia Roberts em “Pretty Woman”, capaz de conquistar, com seu charme proletário, um Richard Gere que fede a presunção. “Orgulho e Preconceito” seria, neste sentido, um livro anticonservador por excelência, ao contrário de “Sensibilidade e Bom Senso”, onde a hierarquia social tem a palavra decisiva. Elizabeth não é boneca de luxo, disposta a suportar os mandos e desmandos do macho. Ela exige respeito. Pior: numa família com dificuldades financeiras, Elizabeth comete o supremo ultraje –impensável no seu tempo– de recusar propostas de casamento que salvariam a sua condição e a conta bancária de toda a família. A mãe de Elizabeth, deliciosamente histérica, atravessa o romance com achaques nervosos, prostrada no sofá. Se “Orgulho e Preconceito” fosse um romance pós-moderno, a pobre mãezinha passaria metade do tempo suspirando: Esta filha vagabunda vai levar a família toda para a sarjeta!

Elizabeth não cede e triunfa. A família também. E os leitores progressistas?

Esses, não. Os leitores progressistas tendem a ler “Orgulho e Preconceito” como se existissem na trama duas personagens distintas, vindas de mundos distintos, com vícios e virtudes também distintos. Darcy contra Elizabeth, até ao dia em que o amor é mais forte. Erro. Jane Austen não era roteirista em Hollywood. E os leitores progressistas saberiam desse erro se soubessem também que o título original de “Orgulho e Preconceito” não era “Orgulho e Preconceito”. Era, tão simplesmente, “Primeiras Impressões”.

Nem mais. Se existe um tema central no romance, não é Elizabeth, não é Darcy. E não é, escuso de dizer, o dinheiro, a ironia dos diálogos ou a decoração de interiores. “Orgulho e Preconceito” é uma meditação brilhante sobre a forma como as primeiras impressões, as idéias apressadas que construímos sobre os outros, acabam, muitas vezes, por destruir as relações humanas.

De igual forma, “Orgulho e Preconceito” não é, como centenas e centenas de histórias analfabetas, uma história de amor à primeira vista. É, como escreveu Marilyn Butler, professora em Cambridge e a mais importante crítica de Austen, uma história de ódio à primeira vista. E a lição, a lição final, é que amor à primeira vista ou ódio à primeira vista são uma e a mesma coisa: formas preguiçosas de classificar os outros e de nos enganarmos a nós. Elizabeth despreza a arrogância de Darcy sem perceber que essa arrogância, às vezes, é uma forma de defesa: o amor assusta mais do que todos os fantasmas que habitam o coração humano. Darcy despreza Elizabeth porque Elizabeth é uma ameaça ao seu conforto social e até sentimental. Elizabeth e Darcy não são personagens distintos. Eles são, no seu orgulho e preconceito, personagens rigorosamente iguais.

Jane Austen acertou. Duplamente. Como literatura e como aviso. O amor não sobrevive aos ritmos da nossa modernidade. O amor exige tempo e conhecimento. Exige, no fundo, o tempo e o conhecimento que a vida moderna de hoje não permite e, mais, não tolera: se podemos satisfazer todas as nossas necessidades materiais com uma ida ao shopping do bairro, exigimos dos outros igual eficácia. Os seres humanos são apenas produtos que usamos (ou recusamos) de acordo com as mais básicas conveniências. Procuramos continuamente e desesperamos continuamente porque confundimos o efêmero com o permanente, o material com o espiritual. A nossa frustração em encontrar o “amor verdadeiro” é apenas um clichê que esconde o essencial: o amor não é um produto que se compra para combinar com os móveis da sala. É uma arte que se cultiva. Profundamente. Demoradamente.

Por isso, leitores desesperados e sonhadores arrependidos, leiam Jane Austen e limpem as vossas lágrimas! Primeiras impressões todos temos e perdemos. Mas o amor só é verdadeiro quando acontece à segunda vista.”