Entrevista com Matthew Macfadyen

Essas são duas entrevistas com o MM que eu salvei em um arquivo só para traduzir, uma delas eu esqueci de salvar o link da fonte, mas ambas são entrevistas da época de divulgação de Orgulho e Preconceito. O que está marcado (?) foram expressões que eu não consegui compreender nem achar uma tradução que fizesse sentido…

Como você abordou o personagem Darcy?

Matthew Macfadyen: Eu acho Darcy muito simpático, acho que é de partir o coração que ele é visto como muito arrogante e orgulhoso – e ele é essas coisas – mas ele é um jovem que ainda está de luto por seus pais. Ele é de uma família antiga e tem essa enorme responsabilidade, mas pareceu-me que ele ainda está tentando descobrir quem ele é e como ser no mundo. Achei isso muito interessante, e eu o achei muito simpático.

Presumivelmente esses figurinos e grandes locações ajudam em termos de preparação e desempenho?
MM: Os figurinos são grandes porque eles meio que te dizem como se mover, como caminhar. Você não pode sentar-se naquelas calças como se eu estou sentado neste momento, por exemplo. [Bem, você poderia, mas seria bastante desconfortável]. E estar nas grandes locações, é menos de um salto da imaginação, se você está de pé na varanda em Chatsworth do que se você estivesse em um hangar de aviões em algum lugar.

Você se inspirou no livro?

MM: Eu não tinha lido o livro antes de fazer o filme. Ele é baseado no script.

Você acha que os espectadores modernos vão ver Darcy de forma diferente?

MM: Talvez. Eu acho que Darcy é um jovem que foi dada essa responsabilidade enorme e que pode ser experimentado por jovens agora. O choque de Lydia fugindo com Wickham, com a idade de 15 anos, é tão chocante para nós agora como eu tenho certeza que era então. Eu não acho que isso mudou muito. Eu acho que olhando para ele agora, Darcy parece muito mais esnobe em nossa compreensão da palavra do que ele seria naquela época. Para alguém como Darcy, teria sido um obstáculo muito grande para ele superar, esta diferença de classes entre eles, e ser capaz de dizer a Lizzie que ele a amava. Gostaríamos de pensar que isso era incrivelmente esnobe e elitista, mas não era para ele. Teria sido uma grande admissão, e ele teria achado muito vulgar. É uma grande divisão do que teria sido naquela época é o que estou dizendo.

Você acha que isso é porque esse sentimento de dever é estranho para nós agora, mas não naquela época?

MM: Sim.

Você está consciente do ‘efeito Darcy’, devido à posição de ícone que ele ocupa na literatura e, claro, o efeito que teve na carreira do Colin Firth?

MM: Eu não sei, não sei o que esperar.

Joe Wright [diretor]: Eu acho que nós fizemos este filme sem considerar as adaptações anteriores. A versão televisiva foi feita há dez anos agora, e a versão filme foi feita em 1946.

Nós realmente fizemos o filme em nossa pequena bolha própria, e eu não acho que nós estávamos realmente pensando em nada além do que estávamos fazendo a cada dia. Talvez agora vá começar.

Assumindo um papel como esse, você sente a responsabilidade de um clássico?

MM: Eu meio que abordei Darcy como eu faria com qualquer outro papel. Você nunca interpretaria Hamlet, por exemplo, se você começasse a se preocupar com quem interpretou antes de você. O mesmo com um monte de papéis. Essa é a natureza dele, basta ir em frente. É um papel maravilhoso.

Você injetou um monte de humor para o personagem de Darcy. Foiu uma linha fina certificar-se que o equilíbrio fosse correto?

MM: Eu não sei. Olhando para trás, não me lembro, eu não posso analisá-lo assim. Há algo de ridículo em Darcy, porque ele pensa muito profundamente e seriamente sobre as coisas, e ele se leva muito a sério. Como os homens jovens tendem a fazer, eu suponho. Portanto, há um pouco de obscuridade, que Lizzie destrói tão habilmente. Eu só tinha que dar uma pancada (?) e esperar pelo melhor.

Brenda Blethyn: As cenas em que eu vi Darcy foram as que eu estava com ele, eu não vi as que eu não estava até que eu vi no cinema recentemente. Eu pensei que era maravilhosa a maneira como o público se apaixonou por Darcy da mesma forma que Lizzie. Eles despertaram para ele, havia algo mais acontecendo por lá. Sente-se a indiferença deste homem que entra no salão de dança. E totalmente se apaixona da mesma forma que ela. Foi lindo.

Como foi a equitação?

MM: Não havia tanta equitação!

Joe Wright: É outra convenção de época, apenas porque é um filme de época todo mundo tem que ser visto em um cavalo. Mas na época caminhar era muito popular, era visto como uma atividade ao ar livre.

Macfadyen: Obviamente, eu sou brilhante em cavalgar, eu nasci na sela. [risos]

Você conseguiu ficar com o busto de Darcy?

MM: Eu estou esperando que me ofereçam. Eu não sei onde ele está.

Wright: Na verdade, a Duquesa de Devonshire ficou com ele. Está em exibição em Chatsworth.

Pareceu o primeiro longa-metragem de Joe para o elenco?

MM: Nem um pouco.

Brenda Blethyn: Desde as primeiras cenas sabíamos que estávamos em muito boas mãos, pudemos ver a forma como ele criava a cena, habitava a cena, então desde as primeiras cenas sabíamos estávamos em mãos muito, muito inspiradas.

Uma das coisas que é difícil sobre Darcy é que se ele for interpretado da forma errada, ele é apenas um idiota. Ele nunca fica simpático. Como é que você abordou isso para se certificar que seu Darcy não era apenas um idiota?

MM: Eu só esperava que Joe [Wright, o diretor] estivesse de olho nisso. Mas lendo o roteiro é bem claro os momentos em que ele é vulnerável. A cena na chuva – até então ele é apenas desagradável, e isso é muito correto. Porque ele é um idiota. [risos] Ele não diz nada de bom sobre ninguém, ele não olha para ninguém – ele faz um pouco de esforço na cena ao piano quando ele explica por que ele não pode falar com as pessoas. Mas é a cena na chuva, aquela cena tipo ‘acidente de carro’ onde tudo vai tão mal quando ele diz a ela que a ama, é [quando você gosta dele]. Aquilo foi uma grande coisa para ele dizer. Agora que nos parece muito esnobe dizer, ‘Eu fui grande o suficiente para superar o fato de que seus pais são inadequados, e eu te amo’. Então seria uma coisa enorme e generosa a dizer, apesar da minha classe social e a inferioridade das suas origens.

Pelo menos ele não tem uma fala ofensiva como a de Olivier “uma certa diversão para ser obtida de assistir as classes baixas.”

MacFadyen: Eu não vi esse filme. Eu fiquei curioso para vê-lo agora.

Você pode falar um pouco sobre assumir o papel icônico do Mr. Darcy? Enquanto Lizzie é a protagonista, ele é o personagem mais famoso de Orgulho & Preconceito.

MM: Foi assustador no que eu estava ciente de que havia a Darcy “coisa”, e que as pessoas são bastante possessivas sobre Orgulho & Preconceito como um todo. “Por que eles estão fazendo outra versão?” “Como se atrevem? “É melhor você não estragar tudo!” Elas estão realmente ferozes, as Janeites. O que é bom, porque é um clássico, e é muito amado. Mas eu não tinha visto a versão da BBC, então eu realmente não me preocupo com isso. Porque você não pode, como ator, caso contrário você nunca poderia interpretar Hamlet ou você nunca poderia interpretar Richard III. Na verdade foi bastante lisonjeiro estar em tão boa companhia. Muita gente me perguntou como eu estaria tentando torná-lo diferente de Colin Firth, o que é estranho, porque mesmo se eu tivesse visto ele, eu não iria tentar, porque você não poderia. Você faz o que você pode fazer.

Há dificuldades para filmagens em locações em oposição as em cenários?

MM: Não, é bom. Eu prefiro muito mais filmar em locações. Não houve grandes distâncias envolvidas, nem nada. Além disso, Darcy não está nelas muito, então eu meio que ia por um tempo e voltava. Minha esposa estava grávida na época, e eu era entregue a essas várias mansões por todo o Reino Unido e fazia uma ou duas cenas – solenemente – e depois ia para casa outra vez! Foi um bom verão!

Como foi trabalhar com Keira?

MM: Delicioso. Adorável. Gostaria que houvesse alguma sujeira em Keira. É irritante que não haja. Eu me senti muito velho, e eu tenho apenas 30. E ela estava indo direto fazer outro filme, ela estava exausta.
Quando você tem uma protagonista, como você sabe se vocês irão se dar bem ou não?
MM: Eu fiz teste de tela e ensaiei com ela, e eu fiz a audição com ela. Nós nos demos bem.

Você mencionou as Janeites antes, qual foi a reação delas à você?

MM: Aparentemente, elas viram uma prévia antes e gostaram. A Working Title pode continuar. Eles podem continuar a comercializar o filme!

Aparentemente há uma campanha na Internet para colocar o final do norte-americano na versão britânica. Você tem alguma preferência?

MacFadyen: Eu acho que eu prefiro a versão sem o beijo. Apenas porque acho que é bastante difícil de me ver de qualquer maneira … Mas eu não sei, acho que é a sacarina (?).

Você não gosta de assistir a si mesmo, mas não você teve que ir para a estréia?

MM: eu fui, mas eu levei minha mulher para jantar. Eu fui embora. Saí e fiquei bêbado.

Você lê as críticas?

MM: eu leio, com fúria crescente ou prazer em ascensão. Eles todos meio que anulam-se mutuamente.
Quando você vê o que Keira tem realizado aos 19 anos, você nunca disse ‘O que eu estava fazendo naquela idade?

MM: Eu estava aqui. Eu estava no BAM, fazendo uma peça.

A Academia de Música do Brooklyn? Você vê uma diferença entre o público americano e o Inglês?
MM: Sim. Muito mais generoso, muito mais esclarecido do que o West End. Eu não sei sobre a Broadway, como nunca fiz uma peça na Broadway, mas certamente na BAM. A diferença é incrível. Foi totalmente emocionante. Audiências de West End parecem muito tipo de [se inclina para trás, cruza os braços] “Vamos lá, me entretenha.” The National parece muito mais animada e mais emocionante.

http://www.indielondon.co.uk/film/pride_prejudice_macfadyen.html


Cena do beijo (em gifs)

Você só pode me chamar de Sra. Darcy quando estiver completamente, e perfeitamente, e incandescentemente feliz.

Você só pode me chamar de Sra. Darcy quando estiver completamente, e perfeitamente, e incandescentemente feliz.

Então, como você está esta noite... Sra. Darcy?

Sra Darcy?

Sra. Darcy?

Sra. Darcy?

Sra. Darcy?

Sra. Darcy?


Daniel Deronda – BBC 2002

Daniel Deronda contém duas tramas principais unidas pelo personagem-título. O romance começa com o encontro de Daniel Deronda e Harleth Gwendolen. Daniel se vê atraído pela bela, teimosa e egoísta Gwendolen. A partir deste ponto, o enredo quebra em dois flashbacks separados, um que nos dá a história de Gwendolen Harleth e um de Daniel Deronda. Após a morte do padrasto de Gwendolen, ela e sua família se mudam para uma nova vizinhança; e é lá que ela conhece Henleigh Mallinger Grandcourt, um homem taciturno e calculista, que propõe casamento à ela. A princípio ela está inclinada a aceitá-lo, mas ela se afasta dele ao descobrir que ele tem vários filhos com sua amante, Lydia Glasher.

Deronda foi criado por um cavalheiro rico, Sir Hugo Mallinger. A relação entre Deronda e Sir Hugo é misteriosa e acredita-se que ele é filho ilegítimo de Sir Hugo, embora ninguém sabe ao certo. Deronda é um homem inteligente, alegre e compassivo que não consegue decidir o que fazer com sua vida. Um dia ele está remando um barco pelo rio Tamisa e resgata uma jovem judia, Mirah, de tentar afogar-se. Ele a leva para a casa de amigos dele, e descobre-se que Mirah é uma cantora. Ela veio a Londres para procurar sua mãe e irmão depois de fugir de seu pai, que a seqüestrou quando ela era uma criança. Movido por sua história, Deronda compromete-se a ajudá-la a procurar por sua mãe e seu irmão e por isso ele é apresentado a comunidade judaica de Londres. Enquanto isso, a fim de salvar a si mesma e a sua família da pobreza relativa, Gwendolen se casa com o rico Grandcourt, a quem ela acredita que pode manipular para manter sua liberdade para fazer o que ela gosta, mas depois do casamento ela descobre que ele é frio, cruel e manipulador.

 Aproveitei que a minha internet resolveu me desertar a maior parte deste fim de semana para assistir algumas séries e filmes que eu estava adiando a tempos e Daniel Deronda era uma delas. A principal atração da série para mim era Hugh Dancy (Grigg em O Clube da Leitura de Jane Austen). Mas tem outro Hugh que rouba a cena nessa série, Hugh Boneville. Ele é muito pouco conhecido por aqui, mas para quem gosta de Jane Austen ele é figura fácil. Ele já foi Mr. Bennet em Lost in Austen, Mr. Rushworth em Mansfield Park 1999, e o Rev Bridges em Miss Austen Regrets. Geralmente ele faz papéis mais leves e simpáticos, e para mim foi uma surpresa de ver ele como o cruel Grandcourt; e é claro que ele o fez muito bem. O rosto dele é tão frio e sem expressão que é muito mais perturbador do que se ele demonstrasse raiva ou perversidade. A Gwendolen é fria e egoísta, mas eu fiquei com pena dela na noite de núpcias; nenhuma mulher merece ser tratada daquela maneira, por mais que tenha causado a própria desgraça. E Daniel Deronda é praticamente um santo, sempre ajudando a todos, e eu achei que o sentimento que ele tinha por Mirah era mais fraternal e protetor e que era por Gwendolen que ele estava apaixonado. Ainda bem que eu estava errada, pois Gwendolen não merecia alguém como o Daniel. Com certeza ele acabaria dominado por ela…

Devo confessar que a série não era bem o que eu imaginava, mas de ótima qualidade como tudo que a BBC faz. Link para baixar:


The Way We Live Now – BBC 2001

Augustus Melmotte é um financista estrangeiro com um passado misterioso. Quando ele move o seu negócio e sua família para Londres, a classe alta da cidade começa se agitar com boatos sobre ele e uma série de personagens finalmente encontram suas vidas mudadas por causa dele. Ele se propõe a atrair investidores ricos e poderosos, dando uma grande festa, e encontra um veículo de investimento apropriado quando ele é abordado por um jovem engenheiro, Paul Montague, e seu parceiro americano, Hamilton K. Fisker, para investir na construção de uma nova linha ferroviária que vai de Salt Lake City para Veracruz no México. O objetivo de Melmotte é aumentar o preço das ações sem pagar qualquer dinheiro real para o empreendimento, aumentando assim a sua riqueza própria. Entre os membros da aristocracia envolvidos no empreendimento está Sir Felix Carbury (Matthew Macfadyen), um jovem e dissoluto baronete que está rapidamente gastando todas as economias de sua mãe viúva em farras e jogos de cartas. Em uma tentativa para restaurar as suas fortunas, ele resolve seduzir Marie Melmotte, única filha de Augustus Melmotte e herdeira de uma considerável fortuna. Sir Felix consegue conquistar o coração de Marie, mas seus planos são bloqueados por Melmotte, que não tem intenção de permitir que sua filha se case com um aristocrata sem dinheiro.

Marie e Sir Felix

Alguém interessado em ver Matthew Macfadyen empregando todas as suas armas de sedução? E quem disse que ele não sabe fazer comédia? O personagem dele é hilário, contrário de tudo que já vi o Matthew interpretando. Sir Felix é esnobe, mimado, mulherengo, viciado em jogo, mentiroso… Marie Melmotte é tola, sem classe, maltratada pelo pai e ignorada pela madrasta e se apaixona por Sir Felix imediatamente (quem resistiria?). As cenas entre os dois são hilárias, mas eu sinto pena dela por estar sendo enganada. Não assista essa série se você espera um romance, pois é na verdade uma comédia social, baseada no livro The Way We Live Now de Anthony Trollope. A única parte mais romântica é entre Paul Montaque (Cillian Murphy – que a propósito é o homem com o rosto mais feminino que já vi – chega a ser perturbador) e Miss Carbury, irmã de Felix. A série é boa, mas só a interpretação do Matthew já valeu as quase cinco horas de duração. Link para baixar: The Way We Live Now




Sumi… – Martha Medeiros

Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar. Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar. Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.”

Martha Medeiros


Falhando e Desmaiando – Parte 2

Postando a 2ª parte (final) desta fic. Quando escolhi esta para traduzir não tinha lembrado que tinha conteúdo adulto. Então para não ofender as sensibilidades de ninguém já aviso que tem um pouco de sexo gráfico entre as páginas 31 e 35, que é a parte da noite de núpcias de Darcy e Elizabeth. Quem não gosta por favor pule esta parte.

Pontos altos: Bingley pedindo conselhos para Darcy sobre a noite de núpcias, e a Sra. Bennet enfrentando Lady Catherine.

Aproveitando para avisar que atualizei o aquivo do post da primeira parte. O outro tinha muitos erros de digitação e dei uma corrigida.

Clique para ler: Falhando e Desmaiando – Parte 2


Jane Austen ‘quote’

Update: Acredito que estarei postando a segunda parte da fanfic Falhando e Desmaiando amanhã à noite.


Quem é Elizabeth Bennet?

O fofo Grigg Harris em O Clube da Leitura de Jane Austen.


O Clube da Leitura de Jane Austen.

Jocelyn é uma criadora de cães que vive uma vida solitária. Prudie é uma professora de francês frustrada com o marido. Sylvia acaba de descobrir que o marido tem um caso e pediu o divórcio. Allegra, filha de Sylvia, é uma jovem lésbica que vive a vida intensamente. Bernadette é uma mulher madura, de bem com a vida que já foi casada diversas vezes. Cinco mulheres muito diferentes mas que são unidas por laços de amizade e Jane Austen. Por sugestão de Bernadette elas resolvem criar um clube da leitura dos livros de Jane Austen, lendo um livro a cada mês e marcando encontros para discuti-los. Quando Jocelyn conhece Grigg, um nerd aficionado por livros de ficção científica, ela acha que ele é perfeito para animar Sylvia e o convida para o clube do livro. Ele nunca leu Jane Austen, mas como está interessado em Jocelyn, decide aceitar o convite.

Eu assisti a esse filme antes de me apaixonar por Jane Austen, e não dei muita importância na época. Mas quando eu assisti depois de ter lido todos os livros que eles citam no filme a coisa mudou de figura. Eu simplesmente amo esse filme, já perdi a conta de quantas vezes eu já assisti. O ponto alto do filme é o Grigg, não só porque o Hugh Dancy é muito fofo, mas porque incluir a perspectiva de um homem para os livros de Jane Austen tornou o filme muito mais interessante. Adoro a cena quando ele chega para o primeiro encontro e pergunta se os livros são sequências, ou quando ele compara Mansfield Park com O Império Contra-Ataca. O filme também me ganha nos comentários espirituosos de Bernadette. Ela é como se fosse a matriarca do grupo e sempre tem algo interessante a dizer. Aliás, eu concordo com todas as opiniões dela, e adoro o jeito dela, sempre de bem com a vida.

Nos bônus do DVD o diretor explica como cada personagem se relaciona com algum personagem de Jane Austen. Bernadette representa a Sra. Gardiner em Orgulho e Preconceito, Sylvia é Fanny Price em Mansfield Park, Jocelyn é a personagem título de Emma, Prudie é similar à Anne Elliot em Persuasão, Allegra é como Marianne em Razão e Sensibilidade, e Grigg representa todos os personagens masculinos mal-compreendidos.

O final é um pouco forçado, um pouco feliz demais para os meus padrões. Eu não perdoaria Daniel se fosse a Sylvia, por mais bem escrita que fosse aquela carta. E não gosto da maneira como a Prudie explica o livro Persuasão para o marido; É sobre essas duas pessoas que costumavam se amar. E elas não se amam mais. E é sobre como eles procuram persuadir-se a tentarem mais uma vez…’ Que parte de ‘I have love none but you…’ (sorry mas em inglês é mais bonito) ela não entendeu?

O roteiro do filme foi baseado no livro The Jane Austen Book Club de Karen Joy Fowler. Eu ainda não li o livro, mas por algumas críticas que li é muito superior ao filme, mas vou guardar a minha opinião para quando realmente ler.


Jane Austen Confessions

Mais um Tumblr muito bom que encontrei. Achei super legal a idéia; as fotos são montadas de acordo com confissões mandadas por fãs de Jane Austen. Tem algumas bem absurdas, outras engraçadas. Abaixo estão algumas das confissões que eu compartilho. O link do blog; Jane Austen Confessions

Eu não me importo com o que as pessoas dizem! Matthew Macfadyen foi perfeito como Mr. Darcy!

O primeiro Darcy que eu amei foi Mark Darcy, de Bridget Jones. Sem arrependimentos.

Eu espero um dia ter um homem que me ame como Darcy ama Elizabeth.

O Capitão Wentworth sempre será o meu ideal 'homem Austen'. Charmoso, inteligente e inabalavelmente leal.

Eu rasgaria meu corpete por Fitzwilliam Darcy

Eu não gosto quando os personagens se beijam nos filmes, especialmente os beijos que acontecem em lugares públicos. Eu acho que Jane não aprovaria.

Quando eu era pequena eu sonhava em conhecer um Príncipe Encantado, mas agora eu não consigo parar de pensar sobre Mr. Darcy.

As criações masculinas de Jane Austen arruinaram minhas expectativas de encontrar o homem perfeito.

Por mais que eu queir agir como Elizabeth, eu realmente sou igual ao Mr. Darcy